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Talkenização #039: O que é The Merge e o que muda na atualização do Ethereum?

calendar_month 23/08/2022

O tão aguardado The Merge está cada vez mais próximo e será uma verdadeira transformação na forma como os mecanismos de consenso são realizados na rede Ethereum.

No episódio de hoje do Talkenização, Flávia Jabur conversa com Orlando Telles, da Mercurius Crypto, sobre o que é o tão falado The Merge que está por vir e o que mudará no mercado cripto com essa atualização bastante esperada da rede Ethereum.

O que é e como surgiu o Ethereum?

Para entender o que é o Ethereum, precisamos lembrar o que é o Bitcoin. Esta criptomoeda tem como objetivo principal a troca de valores de maneira descentralizada e sem intermediários. Mas, quando falamos do Ethereum, falamos da possibilidade de execução de programas de computador na Blockchain.

Primeiramente, estamos falando que podemos gravar um programa de computador dentro da Blockchain e que ele seria imutável, sem a possibilidade de serem alteradas as regras dele – que seriam o Smart Contract em si. Em segundo lugar, a própria execução e tudo o que iria acontecer com esse Smart Contract ficariam registradas na Blockchain.

Vitalik Buterin, que, na época, era um ativo contribuidor da Blockchain do Bitcoin, tinha essa visão da execução de programas de computador na cadeia de blocos da criptomoeda e que ela fosse alterada o suficiente para isso.

Entretanto, quando falamos de Blockchain, existe o consenso entre todas as partes para que uma decisão assim fosse tomada, o que não aconteceu. Vitalik, então, criou a sua própria Blockchain. E foi assim que nasceu o Ethereum.

O que muda com o The Merge?

O The Merge nada mais é do que a mudança no modelo de consenso do Proof of Work (PoW) para Proof of Stake (PoS) da segunda maior criptomoeda do mercado, o Ether. Essa transformação busca gerar mais escalabilidade, segurança e sustentabilidade.

Desde a concepção da rede Ethereum,é utilizado o mecanismo de consenso de Proof of Work (Prova de Trabalho ou PoW) semelhante ao do Bitcoin, que gera novas criptomoedas ao sistema. Esse algoritmo impõe uma competição entre mineradores, que usam poder de processamento computacional para resolver problemas matemáticos e validar as transações na rede Blockchain, sendo assim, recompensados por isso.

Entretanto, a grande crítica a esse método é o fato de o consumo de energia ser muito alto para que o processo seja realizado, uma vez que são necessários supercomputadores para isso, além do fato de que nem todos são recompensados pelos esforços.

O próprio Vitalik, um dos idealizadores da mudança do The Merge, não achava o PoW um processo eficiente, do ponto de vista computacional. É aí que entra o Proof of Stake (Prova de Participação ou PoS).

Aqui, o que vale mesmo é o patrimônio de cada validador de rede, diferente do Proof of Work, em que o fator mais relevante seria o poder computacional. Isso quer dizer que a prova de consenso é realizada através dos próprios detentores da criptomoeda da rede Blockchain.

Para que o usuário seja um validador, é preciso bloquear suas criptomoedas, o que chamamos de staking. Uma vez que elas estão bloqueadas, não poderão ser transacionadas até que o proprietário as desbloqueie.

Quando o stake está feito, o patrimônio do validador fica alocado para que as provas de consenso na rede sejam realizadas. Assim como no PoW, os validadores das transações são recompensados a cada bloco que é validado.

Quais os impactos para quem investe no Ether?

Para o investidor, nada! Por isso, cuidado com possíveis golpes que possam vir a acontecer, porque não será necessário enviar seus Ethers para lugar nenhum, não existirá uma nova criptomoeda ou qualquer outra grande alteração.

Se interessou? Você pode ficar por dentro de todos os episódios lançados na página oficial do Talkenização!

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