Quais são, como funcionam e para que servem cada uma das camadas da Blockchain
calendar_month 18/12/2025
Quem começa a explorar o universo dos investimentos digitais logo percebe que a tecnologia não é uma peça única e estática.
É comum ouvir termos técnicos sobre soluções de escalabilidade ou infraestrutura de rede, conceitos que são essenciais para avaliar o potencial real de um projeto.
A blockchain pode ser comparada à construção de uma grande cidade funcional, onde é necessário ter desde o terreno e as estradas até os prédios e as pessoas que nela habitam para que tudo opere em harmonia.
Essa estrutura é organizada em níveis conhecidos como camadas da blockchain, que vão da infraestrutura básica até a interface com o usuário.
Cada uma dessas etapas desempenha uma função insubstituível para garantir segurança, velocidade e facilidade de uso.
Compreender essa arquitetura é fundamental para empresários que buscam captar recursos e para investidores que desejam identificar as oportunidades mais promissoras e tecnicamente sólidas no longo prazo.
A base de tudo: infraestrutura e conexão (Camada 0)
Tudo começa pela chamada Camada 0 ou L0, que funciona como o alicerce onde toda a rede será construída.
Essa etapa é composta pela infraestrutura de rede, incluindo o hardware, as conexões de internet e os protocolos que permitem a comunicação básica entre diferentes sistemas.
Sem essa base, as blockchains seriam ilhas isoladas incapazes de trocar informações entre si.
Projetos focados nessa etapa, como Polkadot e Cosmos, são responsáveis por criar a interoperabilidade, permitindo que redes distintas possam interagir e transferir ativos de forma segura.
Para o investidor, a importância dessa camada reside na viabilização de um futuro onde o dinheiro flui livremente entre diferentes ecossistemas sem barreiras técnicas.
Segurança e consenso na rede principal (Camada 1)
Logo acima da base está a Camada 1, que é o que a maioria das pessoas associa diretamente à blockchain.
É nela que ocorre o consenso e a validação definitiva das operações, sendo representada por redes famosas como Bitcoin, Ethereum e Solana.
Sua principal função é garantir a segurança da rede e registrar as transações de forma imutável no livro-razão digital.
No entanto, essas redes enfrentam um desafio conhecido como o trilema da blockchain: quando o volume de usuários cresce muito, o processamento pode se tornar lento e os custos operacionais tendem a subir.
É justamente para resolver essas limitações que surgem as camadas superiores, permitindo que a rede principal mantenha seu foco na proteção e integridade dos dados.
Velocidade e escalabilidade para o dia a dia (Camada 2)
Se a rede principal pode ficar congestionada, a Camada 2 atua como uma via expressa construída para agilizar o fluxo financeiro.
As soluções dessa categoria processam as transações fora da cadeia principal para ganhar rapidez e reduzir custos drasticamente, enviando posteriormente apenas o registro final para a camada de segurança.
Exemplos conhecidos incluem a Lightning Network para o Bitcoin e redes como Polygon e Arbitrum para o ecossistema Ethereum.
Para empresas que desejam realizar a tokenização de ativos ou aceitar pagamentos digitais, utilizar soluções de segunda camada é vital para manter a operação eficiente e as taxas acessíveis para o cliente final.
Aplicações especializadas e personalização (Camada 3)
Ao avançar na estrutura, chegamos à Camada 3, o ambiente das aplicações voltadas para casos de uso específicos.
Enquanto as camadas anteriores cuidam da segurança e da escala, esta etapa foca na funcionalidade prática e na personalização de serviços.
Nesse nível operam os jogos em blockchain, as ferramentas complexas de finanças descentralizadas (DeFi) e os aplicativos que exigem regras de negócio próprias.
A estrutura robusta das camadas inferiores é utilizada aqui para hospedar soluções que atendem a nichos de mercado, permitindo a criação de produtos financeiros sob medida sem alterar a base de toda a rede.
É o momento em que a tecnologia se transforma em produto útil.
A interface que conecta o usuário (Camada 4)
Muitas vezes menos discutida tecnicamente, a Camada 4 é determinante para a adoção em massa da tecnologia.
Ela representa a interface de apresentação, englobando as ferramentas que permitem ao usuário comum interagir com a blockchain de forma intuitiva.
As carteiras digitais (wallets) e os navegadores Web3 compõem esse nível, traduzindo códigos complexos em botões simples.
Para o empresário, essa camada é sinônimo de experiência do usuário (UX).
Quanto melhor for a navegação e a facilidade de uso nesta etapa, maior será a adesão dos clientes aos produtos e serviços tokenizados oferecidos pela empresa.
O fator humano e regulatório (Camada 5)
A tecnologia não existe isolada da sociedade, e é aí que entra a Camada 5.
Alguns modelos definem este nível como a camada do contexto social, legal e humano em que a blockchain está inserida.
É aqui que se aplicam a conformidade com normas de órgãos reguladores, as decisões de governança e o uso prático dos ativos no mundo real.
Para investidores e empresas, é onde a inovação técnica encontra a realidade do mercado.
Sem um alinhamento claro entre a tecnologia e as regras sociais, a segurança jurídica necessária para grandes investimentos não existe.
Por que essa estrutura importa para seus negócios
Entender a arquitetura de camadas da blockchain permite tomar decisões muito mais estratégicas.
O investidor consegue avaliar se um projeto resolve um problema estrutural de infraestrutura ou um desafio de usabilidade, o que impacta diretamente seu potencial de valorização a longo prazo.
Já o empresário pode definir com mais clareza qual tecnologia adotar. Se o objetivo é segurança máxima para reserva de valor, o foco deve estar na infraestrutura base.
Se a prioridade é oferecer transações rápidas para o varejo, as soluções de escalabilidade são o caminho ideal.
O mercado financeiro digital continuará evoluindo sobre essa base modular, onde cada camada desempenha um papel vital para um ecossistema mais transparente e eficiente.
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