O que são adquirentes e subadquirentes, como atuam nos fluxos de cartão de crédito e como podem se beneficiar da tokenização?
calendar_month 03/11/2025
No mundo dos pagamentos digitais, adquirentes e subadquirentes são peças centrais que permitem que uma simples compra com cartão se transforme em uma operação segura, rápida e eficiente.
Essas instituições estão por trás da infraestrutura que conecta comerciantes, bandeiras e bancos emissores, garantindo que o dinheiro saia da conta do comprador e chegue corretamente ao vendedor.
Mas o papel dessas empresas vai além da simples intermediação de transações.
Com o avanço da tokenização e da digitalização financeira, o setor de adquirência vive uma nova fase de inovação, marcada por mais eficiência, segurança e integração.
Neste artigo, você vai entender o que são adquirentes e subadquirentes, como elas funcionam dentro do fluxo de pagamentos com cartão e de que forma a tokenização de ativos e dados pode gerar valor para todo o ecossistema financeiro.
O que são adquirentes
As adquirentes são empresas responsáveis por processar pagamentos com cartão de crédito, débito e outros meios eletrônicos.
Elas fazem a ponte entre o estabelecimento comercial e o banco emissor do cartão, garantindo que a transação ocorra de maneira segura e eficiente.
Quando um cliente realiza uma compra, a adquirente valida a operação junto à bandeira, autoriza o pagamento e realiza a liquidação do valor, repassando o montante ao lojista após a dedução das taxas acordadas.
Esse processo envolve alto nível de tecnologia e segurança, já que exige a comunicação entre diferentes sistemas e instituições financeiras.
Entre as principais adquirentes que operam no Brasil estão Cielo, Rede (Itaú), Getnet (Santander) e Stone, todas sob supervisão do Banco Central do Brasil e das regras do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
Essa regulação garante transparência, rastreabilidade e confiança, elementos essenciais para o bom funcionamento do mercado.
O papel das adquirentes é fundamental para manter o equilíbrio da cadeia de pagamentos, oferecendo segurança antifraude, conciliação financeira automatizada e interoperabilidade entre bandeiras e emissores.
Sem elas, a experiência de compra digital seria muito mais complexa e menos confiável.
O que são subadquirentes
As subadquirentes, também conhecidas como facilitadoras de pagamento, surgiram para simplificar o acesso de pequenos e médios negócios ao mercado de pagamentos digitais.
Elas funcionam como intermediárias entre o lojista e a adquirente, oferecendo uma solução tecnológica mais acessível e com menor burocracia.
Empresas como PagSeguro, Mercado Pago e Pagar.me se tornaram referências nesse modelo.
Em vez de o lojista precisar firmar contratos e realizar integrações diretas com cada adquirente, ele pode operar por meio da subadquirente, que cuida de toda a estrutura necessária para capturar, processar e liquidar os pagamentos.
Além de facilitar o processo, as subadquirentes oferecem serviços complementares que ampliam o valor da operação, como antecipação de recebíveis, análise antifraude e ferramentas de gestão financeira.
Isso torna o modelo especialmente atraente para negócios de pequeno porte, que passam a ter acesso a soluções completas sem precisar investir em infraestrutura própria.
A principal diferença entre adquirentes e subadquirentes está na relação com o lojista.
Enquanto as adquirentes atuam diretamente com empresas maiores e processam grandes volumes de transações, as subadquirentes concentram-se em oferecer conveniência, integração simplificada e suporte técnico para negócios menores, sem que estes precisem lidar com a complexidade técnica da cadeia de pagamentos.
Como funcionam nos fluxos de pagamento com cartão
Quando um consumidor faz uma compra com cartão, há uma complexa rede de comunicação acontecendo em segundos entre diversos agentes.
A adquirente ou subadquirente recebe a solicitação de pagamento, verifica as informações com a bandeira do cartão e, por sua vez, a bandeira consulta o banco emissor para autorizar ou recusar a transação.
Se a compra for aprovada, a adquirente coordena a liquidação financeira, garantindo que o valor seja transferido ao comerciante dentro do prazo acordado.
Todo o processo envolve múltiplas camadas de validação, segurança de dados e autenticação de identidade.
As taxas cobradas sobre essas operações são divididas entre bandeiras, emissores e adquirentes, compondo o custo que o lojista paga para aceitar cartões.
Por trás desse fluxo aparentemente simples, há uma estrutura sofisticada que depende de tecnologia, conformidade regulatória e gestão de risco.
Com o avanço da digitalização, esse sistema começa a incorporar tecnologias de blockchain e tokenização, abrindo caminho para modelos mais transparentes, automatizados e eficientes.
O papel da tokenização nesse ecossistema
A tokenização é o processo de transformar informações sensíveis em identificadores digitais únicos e criptografados, chamados de tokens.
Em vez de armazenar diretamente dados como o número do cartão do cliente, o sistema gera um token substituto que representa essa informação de forma segura.
Isso significa que, mesmo que um banco de dados seja invadido, os dados reais dos clientes permanecem protegidos, já que o token não revela as informações originais sem a chave de autenticação correspondente.
Essa prática já é amplamente usada por grandes bandeiras como Visa e Mastercard, que desenvolvem sistemas de tokenização de pagamentos para reduzir fraudes e proteger usuários.
Mas a tokenização não se limita à segurança de dados. Ela também pode ser aplicada à liquidação financeira e à gestão de recebíveis, permitindo criar um ambiente de pagamentos mais rápido, auditável e eficiente.
Um pagamento tokenizado pode gerar um ativo digital rastreável, representando o valor a ser transferido ao comerciante.
Essa estrutura facilita a antecipação de recebíveis, o financiamento de pequenos lojistas e a conciliação automática entre participantes.
À medida que tecnologias como o Drex, o real digital, avançam sob coordenação do Banco Central do Brasil, o potencial de integração entre pagamentos e tokenização tende a crescer significativamente.
Como adquirentes e subadquirentes se beneficiam da tokenização
A tokenização oferece benefícios diretos tanto para adquirentes quanto para subadquirentes.
No caso das adquirentes, ela melhora a eficiência operacional e a reconciliação financeira, reduzindo o tempo e o custo das liquidações.
Cada token pode conter dados completos da transação, eliminando duplicidades e simplificando auditorias.
A adoção de blockchain nesse processo adiciona uma camada extra de transparência e rastreabilidade, já que cada operação é registrada em um livro público imutável. Isso aumenta a confiança entre as partes e melhora a governança de dados.
Para as subadquirentes, a tokenização representa uma oportunidade de inovação em produtos e serviços.
Elas podem desenvolver carteiras digitais interoperáveis, programas de fidelidade baseados em tokens ou até mesmo oferecer crédito a partir de recebíveis tokenizados, criando um ecossistema mais integrado e digitalizado.
Além disso, a tokenização amplia a capacidade de integração com soluções de finanças descentralizadas (DeFi) e com o universo dos ativos reais tokenizados (RWAs), que estão ganhando força no mercado global.
Assim, adquirentes e subadquirentes podem se posicionar como agentes centrais de uma economia mais conectada e inteligente.
Desafios e perspectivas
Embora o potencial da tokenização seja evidente, sua adoção ainda enfrenta desafios técnicos e regulatórios.
A falta de padronização entre plataformas é um dos principais obstáculos, já que a interoperabilidade entre tokens é fundamental para o bom funcionamento do sistema.
Outro ponto crítico é a segurança cibernética, pois qualquer falha em contratos inteligentes ou sistemas de custódia pode comprometer toda a estrutura.
Por isso, auditorias independentes e mecanismos de governança robustos serão essenciais para o amadurecimento do setor.
No campo regulatório, órgãos como o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vêm estudando novas diretrizes para permitir que a tokenização de pagamentos e recebíveis ocorra de forma segura e supervisionada.
A expectativa é que, nos próximos anos, o ambiente regulatório se torne mais claro, o que deve acelerar a adoção dessas tecnologias.
À medida que o ecossistema financeiro brasileiro evolui, adquirentes e subadquirentes têm a chance de se tornar protagonistas dessa transformação, conectando o sistema de pagamentos tradicional ao universo digital de forma transparente e eficiente.
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